segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O SONO DOS JUSTOS

Eu te observo tão docemente
ao dormir o sono dos justos
quase me acho no céu
e quase posso sentir
que ainda mora uma criança em nós.
Me sinto deliciosamente sem graça
por resistir uma ternura em mim já esquecida
esse meu jeito de te acolher e te velar
me torna mais quem eu sempre fui um dia
e descubro que não foram capazes de me roubar
esse olhar que agora te dou
ainda que você não possa ver.
Não vou atrapalhar seu sono
prefiro vê-lo sonhar
e me deixar levar para outro lugar
em um tempo longe que se refaz.

p/ Fernando

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