Quem sou eu?
Quem é você?
é isso que preciso saber
é isso que preciso sentir
sentir- saber
a mente no coração não mente para mim.
Somente um silêncio
e nenhuma resposta.
Somente um silêncio do tamanho das estrelas
e essa chuva que cai
e essa música e seu acordes menores,
e essas tristes notícias na TV,
e essa coragem para ser feliz
que me desiguala...
chega de riso!
quero um vinho,
quero laço
quero livros espalhados
quero apego, abraço,
efeitos do outono em mim.
quero minha minha mãe segurando a minha mão
e outro copo de vinho...
quinta-feira, 16 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Sóis
Uns olhos escuros
Sem pupila.
Escuros...
Escuros em noite fechada.
E de repente
Nascem dentro deles todas as perguntas,
sem palavras.
E de repente
Quase que me assusto
Naquele escuro imenso...
Pois estrelas luzidias
Nascem em segundos eternos
Para virar canção.
Uns olhos escuros
E cheios de coração,
De vontade de correr o mundo,
De vontade de ficar também,
De vontade de quebrar as regras,
De vontade de dizer amém.
Se fosse tão simples saber
Não seria tão bom descobrir
O que há em ti
Que se faz em mim
Quando estamos sós
Que renasce em nós
Sóis à noite e de dia,
Alegria do que somos
Clareando tudo.
Uns olhos escuros
Sem pupila.
Escuros...
Escuros em noite fechada.
E de repente
Nascem dentro deles todas as perguntas,
sem palavras.
E de repente
Quase que me assusto
Naquele escuro imenso...
Pois estrelas luzidias
Nascem em segundos eternos
Para virar canção.
Uns olhos escuros
E cheios de coração,
De vontade de correr o mundo,
De vontade de ficar também,
De vontade de quebrar as regras,
De vontade de dizer amém.
Se fosse tão simples saber
Não seria tão bom descobrir
O que há em ti
Que se faz em mim
Quando estamos sós
Que renasce em nós
Sóis à noite e de dia,
Alegria do que somos
Clareando tudo.
Poemas de Gaveta
Restou-me
Esse cachorro velho
Camisas fora de moda
Uns poemas de gaveta.
O amor quis me jogar na lama,
e jogou.
Restou-me
Esse sorriso farto
Alguns amigos loucos
Uns poemas de gaveta
Não revistos, intocados,
Amarelos, desbotados.
Tão puros e inocentes
Feitos antes da lama, antes
da chama,
Antes de saber seu nome,
Antes de sentir seu gosto.
Restou-me
Alguma dignidade
Mantida a alto preço
Esse cachorro louco
Amigos fora de moda
Camisas velhas
Uns poemas de gaveta
Nunca lidos por ninguém
quinta-feira, 9 de abril de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Corridinho
Adélia Prado
O amor quer abraçar e não pode.
A multidão em volta,com seus olhos cediços,
põe caco de vidro no muropara o amor desistir.
O amor usa o correio,o correio trapaceia,a carta não chega
amor fica sem saber se é ou não é.
O amor pega o cavalo,desembarca do trem,chega na porta cansadode tanto caminhar a pé.
Fala a palavra açucena,
pede água, bebe café,dorme na sua presença,chupa bala de hortelã.
Tudo manha, truque, engenho:é descuidar, o amor te pega,te come, te molha todo.
Mas água o amor não é.
Adélia Prado
O amor quer abraçar e não pode.
A multidão em volta,com seus olhos cediços,
põe caco de vidro no muropara o amor desistir.
O amor usa o correio,o correio trapaceia,a carta não chega
amor fica sem saber se é ou não é.
O amor pega o cavalo,desembarca do trem,chega na porta cansadode tanto caminhar a pé.
Fala a palavra açucena,
pede água, bebe café,dorme na sua presença,chupa bala de hortelã.
Tudo manha, truque, engenho:é descuidar, o amor te pega,te come, te molha todo.
Mas água o amor não é.
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