sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sóis

Uns olhos escuros
Sem pupila.
Escuros...
Escuros em noite fechada.
E de repente
Nascem dentro deles todas as perguntas,
sem palavras.


E de repente
Quase que me assusto
Naquele escuro imenso...
Pois estrelas luzidias
Nascem em segundos eternos
Para virar canção.

Uns olhos escuros
E cheios de coração,
De vontade de correr o mundo,
De vontade de ficar também,
De vontade de quebrar as regras,
De vontade de dizer amém.

Se fosse tão simples saber
Não seria tão bom descobrir
O que há em ti
Que se faz em mim
Quando estamos sós
Que renasce em nós
Sóis à noite e de dia,
Alegria do que somos
Clareando tudo.

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