sábado, 6 de novembro de 2010


A boca dele

Ele estava mesmo falando outra lingua. Se estivesse falando Mandarim, saberia certamente mais que isso que sei agora. Sua boca fala, seu corpo fala, sua mente fala toda para mim. Que angústia nao entender nada. A boca abre e fecha e assume mil formas. O rosto fica grave, as maos crispadas. Um vento sopra lá fora me distraindo...Olho pela janela e percebo que existe mesmo algum sentido na primavera. Mas ele ainda está lá falando, falando... E eu me sentindo envergonhada, pois o fio da meada foi perdido e agora só sei prestar atençao no vento e nessas cores assumidamente felizes que vejo da janela do nosso quarto.

Nenhum comentário: